Algumas Palavras sobre 'Sindicalismo Revolucionário'

Neno vasco, anarquista, sindicalista revolucionário, nasce em Penafiel (Portugal) em 1878 e morre em São Romão (Brasil) em 1920. Publicado no final de 1912 para o Almanaque de 'A Aurora' de 1913 (pela Biblioteca do 'Grupo Aurora Social', da cidade do Porto, em Portugal). Pelo menos vários capítulos já tinham sido publicados como artigo de jornal na década de 1900 quando Neno se encontrava no Brasil. Não sabemos, todavia se o texto completo, tal como está aqui, já fora publicado antes do Almanaque de 'A Aurora' de 1913.

“A Organização Operária, 


Defensores de elevados idealismos com a “organização”. É, muitas vezes, pura questão de palavras; pois, que na prática, todos quantos vivemos somos organizadores […] A associação identifica-se com a organização; a União pura simples já a supõe […] 

Unidades que trabalham em em sentidos diversos, que não se coordenam, que não se combinam, que não se organizam - que não se adaptam a um fim comum -, não se somam seques, e muito menos se associam […] E quanto mais perfeita e útil a União, mais organizada está […]

O Sindicato, 

Os Sindicatos ou Sociedades de Resistência são associações operárias destinadas à defesa dos interesses dos trabalhadores contra a exploração dos capitalistas […] Corporativismo (ou Unionismo, ou sindicalismo) é o conjunto de ideias e de sistemas sobre a organização operária, a sua ação e seus métodos. […] Recebem diversos nomes segundo os países; Sindicatos, Ligas de Resistência, Uniões de Ofício, Associações de Classe, ‘Trade-Unions’, etc. […] Essas disposições empregam-se por vezes em sentidos um tanto distintos, em virtude da diferença de métodos e tendências de diversas organizações […]

Constituição do Sindicato, 

Em geral, o pacto social deve estatuir apenas esses três pontos:
[…] Os fins do Sindicato que ao nosso ver devem ser:
a) Imediatos; o melhoramento das condições presentes, a Propaganda Socialista, a Educação;
b) Emancipação Integral do Trabalhador; 

A não-participação do Sindicato na luta de um Partido Político […] A não-admissão de patrões e pelo menos a exclusão da administração dos que tem compromissos com os patrões, sendo seus empregados de confiança, como os contramestres […] Uma administração reduzida a sua mas simples expressão: um secretário (ou mais, se o exigir o serviço) e um tesoureiro; quando muito alguns conselheiros e revisores de contas […]

Essas funções são puramente administrativas e diretivas; trata-se dum serviço, dum trabalho a executar segundo o encargo dado e aceite e escrupulosamente cumprido […] Esses funcionários não mandam, mas trabalham; não impõe ideias ou vontades próprias; mas executam decisões tomadas.“

- Publicado no final de 1912 para o Almanaque de ‘A Aurora’ de 1913 (pela Biblioteca do ‘Grupo Aurora Social’, da cidade do Porto, em Portugal). Pelo menos vários capítulos já tinham sido publicados como artigo de jornal na década de 1900 quando Neno se encontrava no Brasil. Não sabemos, todavia se o texto completo, tal como está aqui, já fora publicado antes do Almanaque de ‘A Aurora’ de 1913 - 

Texto extraído: Última Barricada (https://ultimabarricada.wordpress.com/)

Inspiração: Livro - "Minha Pátria é o Mundo inteiro", de Alexandre Samis

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